Vinicius Poit: ‘No Brasil, quem ganha dinheiro parece que está fazendo coisa errada’

  • Por Jovem Pan
  • 17/10/2018 15h06
Jovem Pan

Eleito pelo Novo em São Paulo, Vinicius Poit assumirá seu primeiro mandato de deputado federal em janeiro e pretende levar sua visão liberal para a Câmara. Em entrevista ao Pânico desta quarta-feira (17), o parlamentar lamentou que o liberalismo econômico seja demonizado por parte da sociedade. “No Brasil, quem ganha dinheiro parece que tá fazendo uma coisa errada”, disse.

Neto de imigrantes, Poit é empreendedor e defende a sua classe. “A gente ganhou dinheiro trabalhando, pagando imposto e gerando emprego”, afirmou o político sobre a sua família. Entretanto, ele reconhece que teve muitas oportunidades na vida e agora quer que todo mundo também tenha mais oportunidades. “É hora de devolver, fazer algo pelo próximo”, explicou.

Uma vez que o país deixe de ser desigual, o deputado acredita que a meritocracia deve ser a regra a ser seguida. “Eu sou muito a favor da meritocracia a partir do momento que a gente tem oportunidades iguais”, defendeu.

Para validar sua visão, Vinicius Poit defende o voto em Jair Bolsonaro (PSL). “Ele tem o Paulo Guedes, que tem um viés mais liberal, que eu acredito”, explicou. “Como parlamentar, não posso ser neutro”, continuou, atacando o PT. “O projeto do PT é criminoso, é a cleptocracia, roubar do povo utilizando o governo.”

No entanto, o futuro parlamentar ressaltou que não concorda 100% com todas as posições de Bolsonaro. “Mas ele evoluiu no pensamento e se redimiu de algumas coisas”, argumentou.

Projeto polêmico

Antes mesmo de chegar na Câmara, Vinicius Poit já está causando polêmica ao tentar barrar o aumento salarial previsto para os deputados a partir do ano que vem. O deputado eleito já fez um abaixo-assinado com a proposta e pretende entregar o documento ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM).

“Minha posição é cumprir o compromisso que eu tenho com os eleitores”, afirmou Poit. “Essa proposta também é uma demonstração de que os deputados eleitos são pró-povo e não pró-deputado”, desafiou o paulista.

Outra missão do congressista é provar que o partido Novo é, de fato, novo. “Cachorro mordido por cobra tem medo até de linguiça, então você tem que mostrar com atitudes que o Novo é diferente”, disse, prometendo que vai abrir mão do auxílio-moradia concedido aos deputados e que usará apenas 50% da verba destinada à equipe de assessores. “O político está lá para servir, não para se servir da máquina.”

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