Felipe Moura Brasil rebate críticas às redes sociais: "existe muita informação de qualidade"

  • Por Jovem Pan
  • 12/07/2018 14h19
Jovem Pan Jornalista participou da bate-papo divertido na bancada do programa

Conforme nos aproximamos das eleições, mais ressurge na internet o debate acerca das fake news, as notícias falsas que são fabricadas por pessoas ou grupos que possuem algum interesse político e/ou econômico por trás. Nesse contexto, as redes sociais, espaços em que elas conseguem ser espalhadas mais ampla e rapidamente, recebem duras críticas e viram alvo até mesmo de boicotes. Felipe Moura Brasil, no entanto, não concorda com essa postura. Para o jornalista, atual âncora do Pingos nos Is da Jovem Pan, a informação de qualidade pode aparecer tanto nos meios tradicionais como nas novas plataformas digitais.

“Eu vim da internet. Tive um blog. Só depois a editora me pegou para ser colunista da Veja. Para eu ganhar um salário para fazer o que já fazia. A internet deu maior democracia de ideias ao debate público. As redes são uma maneira de driblar a filtragem de editores de veículos de comunicação. Isso, claro, gerou uma reação de jornalistas. Acho um debate idiota. Existe muita qualidade nos dois. Os brasileiros precisam desenvolver ferramentas para ver quem diz a verdade, quais são os fatos verificados. Militância existe em todos os lados”, declarou ao Pânico.

Em um ranking elaborado em 2016 após estudo da empresa de big data Stilingue, Felipe apareceu no primeiro lugar entre os maiores influenciadores políticos do Brasil no Twitter – sendo que, na época, ainda não atuava em nenhum grande grupo de comunicação. Atualmente ele possui mais de 815 mil seguidores na plataforma.

Outro trabalho que recebeu destaque durante sua carreira foi a organização do livro O Mínimo Que Você Precisa Saber Para Não Ser Um Idiota, coletânea de publicações de Olavo de Carvalho lançada no início de 2017 pela Editora Record. A obra, organizada em diferentes temas, aborda o portfólio jornalístico do filósofo para que o leitor leigo, segundo suas palavras, consiga fazer uma “escadinha intelectual”. Propositalmente, o primeiro capítulo trata da juventude em uma tentativa de trazer essa parcela do público para a discussão.

“Gosto muito do professor Olavo. Acontece que quem fala muitas verdades se torna uma figura polêmica e sofre uma demonização exacerbada de quem diverge ou de quem já foi desmascarado por ele. O Olavo, além dessa figura de ‘polemista de debate público’, tem um trabalho filosófico enorme. Era isso que eu queria trazer ao cidadão comum em toda sua profundidade, mas da maneira mais simples possível”, explicou.

“O livro continua à venda. Foi um best-seller, vendeu mais de 300 mil cópias e supreendeu a editora. Foi um fenômeno. Ficou meses na lista de mais vendidos. E chamou a atenção para meu trabalho autoral depois. A imprensa tentou ignorá-lo por pura pirraça do Olavo, já que ele falava das coisas erradas que a imprensa fazia. Ele ficou muito tempo na lista de mais vendidos sem ser mencionado. Sem fazerem uma entrevista com ele. Virou ridículo, vexaminoso, então começaram a falar sobre puxando para o lado mais ‘polêmico’ (…). Mas não refutam a obra. É muito difícil refutar o que está lá”, completou.

O jornalista falou, por fim, sobre o início de sua carreira, detalhou o cenário que provavelmente teremos no período eleitoral, comentou as campanhas dos possíveis candidatos e “enfrentou” questionamentos divertidos dos integrantes da bancada. Todos os vídeos da entrevista podem ser vistos no canal do Pânico no YouTube.

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